quarta-feira, 28 de julho de 2021

Simone Biles desiste das Olimpíadas

 Simones Biles decidiu não competir mais nessas Olimpíadas, pelo bem de sua saúde mental. A ginasta, assim como Adriano Imperador, Michael Phelps e Nilmar são exemplos de como a pressão por resultados no esporte de alto rendimento causa aos atletas um sofrimento psicológico que os impede de continuar fazendo o que para muitas pessoas seria um sonho.

Mas se os "imortais" de maneira muito corajosa mostram ao público que são mortais, gente como a gente, mostram também que apesar de serem trabalhadores possuem um grande privilégio: a possibilidade de se recusar a trabalhar.
Uma professora com adoecimento psicológico que trabalha em dupla jornada com turmas superlotadas pode se recusar a trabalhar? E caso o faça, alguém reconhecerá sua humanidade nesse gesto? Se uma operadora de telemarketing se recusar a fazer as irritantes ligações pois ela não aguenta mais seu trabalho repetitivo e degradante a empresa vai tolerar? Os trabalhadores que não carregam medalhas no peito, tem esse direito?
Simone Biles fez o que deveria fazer, disse "não". E nós, quando faremos o mesmo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário