quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Cidadão de bem de 1973 e o de 2018

Era uma vez um policial. Quando estava fora de expediente quase sempre estava em casa com sua esposa e seus filhos. Era um marido muito carinhoso, tendo o hábito de levar flores e cartões para a mulher. Era comum ajudar as crianças nas tarefas de casa e após isso brincar com elas. Era simpático e cordial com os vizinhos. Frequentemente ajudava em festas beneficentes. Durante o serviço sua função era arrancar informação dos presos, a qualquer preço. Para isso dava choque nas genitálias e espancava-os. Nas mulheres, estuprava e chegou a colocar baratas em seus corpos. Quando matava, sumia com os corpos os jogando em alto mar.
Era uma vez uma professora. Era carinhosa com seus alunos e não media esforços para que aprendessem a ler e escrever. Planejava boas aulas e se preocupava muito com os que tinham dificuldades. Sempre auxiliava os professores iniciantes. Sempre sorridente, descontraída, seus colegas davam muitas risadas com ela nos horários de café. Quando soube que uma crianças de 9 anos morreu após roubar um carro comemorou, afinal bandido bom é bandido morto, mesmo que esse bandido tenha a idade de seus alunos - 9 anos. Não suporta ver nada vermelho e repassa correntes dizendo que Pablo Vittar será o próximo ministro da cultura. Morre de medo de uma ditadura gayzista-bolivariano-petista, e da doutrinação marxista nas escolas. Prega voto em Jair Bolsonaro.
O cidadão de bem de 1973 talvez não esteja tão distante do de 2018.

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