sexta-feira, 1 de maio de 2020

1 de maio

O primeiro de maio nos últimos anos foram considerados dias de festa. Sorteio de carros, motos, show do Zezé de Camargo entre outras tosquices. Mas nem sempre foi assim.
A data, há mais de cem anos, era uma data de luta, onde os trabalhadores do mundo todo reivindicavam a redução das horas de trabalho, que chegavam a 16h, 17h por dia. Além disso, pediam também o fim do trabalho infantil. Se hoje a maioria das crianças não trabalham e se a jornada de trabalho é de 8h, foi graças aos trabalhadores que enfrentaram os patrões e governos, com suor e sangue, para conquistar direitos.
Aqui no Brasil, o presidente Artur Bernardes, em 1925 tornou o primeiro de maio, até então dia de luta, em feriado nacional. Uma sacada de mestre. Ao invés de ser um dia de greve, dia de mobilização, a data se tornaria dia de descanso.
Em tempos de pandemia e isolamento, não é possível nem ir nos shows sertanejos com sorteio de carros e nem nas enormes manifestações exigindo direitos, coisas que nossa classe já fez em outros tempos.
Que aproveitemos essa data para pensarmos em nossas prioridades nos próximos anos. Sorteio de motos ou luta por direitos?

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