Segundo a ONU, o fechamento das escolas impede que crianças tenham acesso a alimentação de qualidade, bem como dificulta a vida dos pais que saem para trabalhar e também expõe as crianças à violência doméstica.
Para a ONU, mostrado ontem no Jornal Nacional, a educação é o maior motor da redução de desigualdades e o fechamento das escolas põe em risco décadas de progresso, agravando as desigualdades. Para eles o problema não é a miséria que agrava as desigualdades, não é a retirada de direitos e também não é o capitalismo que faz com que bilionários fiquem mais ricos durante a pandemia enquanto os mais pobres agonizam à espera de um auxílio emergencial. Para a Organização das Nações Unidas são as escolas fechadas que fazem isso.
Não importa aprender conteúdos científicos, se apropriar do saber historicamente sistematizado, nada disso. A escola serve para comer, para fugir da violência e para a família poder trabalhar. Esse é o lugar do "motor da redução de desigualdades". Uma mistura de bom-prato com depósito de crianças.
O sonho deles é ver professores que se sujeitem andar 20km, nadar 10km, correr de onça e de tiro, para poder entregar as tarefas de casa impressas na sua casa, gastando tinta de sua própria impressora, para fingir que o aluno está aprendendo alguma coisa. E o professor no fim do dia, com depressão, sem tinta, movido à rivotril e com um salário de merda, ficar feliz em ver seu rostinho no Jornal Nacional.
Afinal, ao ver o aluno fingindo que aprende enquanto nós fingimos que ensinamos, tudo vale a pena, não é?
5 de agosto
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