sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sobre ser chato mas não ser burro

Uma vez um certo poeta pediu que escrevessem numa cruz, em seu leito de morte: "foi poeta, amou e sonhou na vida".

Tem gente que me chama de chato por questionar a religião, o racismo, a sociedade de classes, a homofobia, os programas de televisão, o jornal, os professores, a mim mesmo...
Sou chato, confesso! Sou um cara muito chato! Nunca neguei e os que convivem comigo sabem disso.
Mas prefiro ser chato do que almejar ser um homem de "sucesso", do que sonhar ter um iate, em viajar para os EUA, tirar foto fingindo empurrar a Torre Pizza ou ficar preocupado em exibir o pau de selfie...

Outro alguém (que não sei quem) disse: "não tens epitáfio, pois és bandeira".

Não sou poeta, como o primeiro, e nem tenho a pretensão de ser bandeira, como diz o segundo, pois então o que me resta é ter um epitáfio
e que nele esteja: foi chato, mas não foi burro!

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