Um dia talvez digam de mim
era um cara de pau!
Mas é dessa madeira,
que agora é xingada,
que surge o berimbau.
Sem ela não teria violão,
não tem mesa,
sobrado ou barracão.
E dessa cara amadeirada,
de onde vem o sobrado e a cadeira,
a dialética diz:
subida também é descida
eis que surge a ladeira
Diferente dos que morrem e viram santo
Sem endeusar, mas sem perder o encanto
Bem como os poemas de Noel ou Boldrin
Não fui nem dos melhores, nem muito ruim
Tampouco peço serenidade
quero que chorem, mas chorem de verdade
e por cima coloquem um pano
Pouco de verde e muito de vermelho
Foi comunista, professor e lusitano!
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