segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Eleições 2018 (2)

O ponto mais alto que a social-democracia brasileira chegou foi nos governos Lula. Um pretenso estado de bem-estar-social parece ter sido alcançado, não nos moldes da social-democracia européia, mas à nossa maneira e especificidades. Tendo chegado ao ponto mais alto, como a física nos ensina, um objeto tende a cair, e começou a cair. Os governos de Dilma e o impeachment foram prova disso. A prova mais cabal da queda da social-democracia brasileira, e que mostra que talvez ela esteja em crise pra nunca mais voltar como antes na história desse país é a eleição do último domingo. A estratégia democrática e popular parece se esvair muito mais rápido do que demorou pra se construir. Um enorme número de trabalhadores votando num candidato fascista é sinal de que a esquerda (dentro de toda sua variedade) não consegue emplacar. Parecem não se importar com a perda de direitos, mas se importam com o suposto kit-gay. Em algum lugar nós erramos.
É hora de repensarmos nossas ações, não a autocrítica piegas e cristã que cobram o PT, mas uma reavaliação de nossas estratégias, de nossos erros históricos, e para isso, algumas perguntas são necessárias. 1- Estamos conseguindo conter o avanço da direita? 2- Nossas organizações vem agindo corretamente e os trabalhadores não estão conosco porque são uns ingratos? 3- Nos debruçando totalmente nas eleições conseguiremos avançar nas lutas contra a retirada de direitos e rumo a novas conquistas? 4- É na via institucional que continuaremos insistindo? 5- O que nos mostram as experiências passadas? O que temos a aprender com elas?
O momento requer mais perguntas do que respostas...

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