sábado, 9 de março de 2019

Globo esquerdista

Boa noite, telespectadores! Aqui quem vos fala é a Rede Globo, aquela do plim plim que você assiste frequentemente, seja nas novelas, seja nos jornais, ou pelo menos no futebolzinho de quarta a noite, aquela que anda lacrando a beça por ai e lutando contra as opressões. Tenho um recado pra vocês!

Queria lembrar vocês que no dia 25 de janeiro de 1984, enquanto na Praça da Sé mais de 200 mil pessoas protestavam pela eleições diretas para presidente, eu distorci a notícia em meu jornal dizendo que essas pessoas estavam lá não pelas "diretas já" e sim comemorando o aniversário de São Paulo. Queria lembrar também que nas eleições de 1989, no segundo turno entre Collor e Lula, eu editei o debate entre eles dando um foco muito maior para o Collor, manipulando a opinião pública sobre os candidatos, influenciando na eleição que estava acirradíssima - a família Marinho ter relações pessoais com Collor era mero detalhe.

Ahh, e antes que eu me esqueça, eu apoiei a ditadura militar, e se hoje eu sou a principal emissora de televisão brasileira é graças à Ditadura que eu tanto bajulei.

Tenho falado muito mal do Bolsonaro, aquele tosco que me chama de inimiga, mas consigo engolir nossas divergências em prol da reforma da previdência, já que eu sou uma das grandes devedoras do sistema previdenciário.

Queria pedir à vocês que parem de me chamar de esquerdista, respeitem a minha história. Eu não critico as greves e qualquer mobilização de trabalhadores à tempos a toa.

Boa noite.



Ass: Grupo Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário