quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O torcedor de sofá e o militante de facebook.

Um torcedor que se limite a ver os jogos do sofá de casa via televisão, ainda que cante junto e tenha taquicardia ao ver os jogos, não deixa de ser um torcedor de sofá que em nada altera a realidade do jogo. Vive o esporte da maneira mais distante possível, no máximo zombando os colegas no dia seguinte.
Muito diferente dos torcedores que ainda não tenham a última e moderníssima camisa do time, outros frequentam o estádio, apoiam o time quando tem que apoiar, xingam quando tem que xingar, se envolvem com a organizada e influenciam à sua maneira o jogo.
Quando a esquerda -ou os progressistas, tanto faz- se limitam à colocar fotinhos de resistência no facebook, não fazem nada mais do que os torcedores de sofá. Estão apenas torcendo. Quando se organizam em partidos, sindicatos, oposições, grêmio estudantil, centro acadêmico, associação de bairro, etc., aí sim participam da luta, tornam-se sujeitos, e não mais espectadores.
O último período político que vivemos nos ensinou que lutar é igual a votar, e que basta deixarmos com as pessoas certas que elas farão por nós. Terceirizamos as nossas lutas e perdemos o controle, e é por isso que as eleições são a ilusão da classe trabalhadora. E é por isso que desembocamos no Bolsonarismo.

Dizer "eu avisei" quando a alternativa posta é a pelegada social-democrata, seja vermelha ou amarela, é tosco. Se estamos dizendo "eu avisei" é porque nos falta um "vem com nóis". Não temos alternativa consistente à onda direitosa que está posta. Precisamos de uma alternativa. Uma ALTERNATIVA SOCIALISTA.
Não sejamos torcedores de sofá, não sejamos espectadores da política reacionária que a direita e parcela da esquerda tentam nos empurrar goela abaixo.
Nem patrão, nem eleição, nossos direitos virão por nossas mãos!

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